Como sugeri, quando discutem a identidade pessoal os filósofos costumam ter em mente este problema:
Em que circunstâncias uma pessoa que existe num certo momento, t, é idêntica a algo que existe noutro momento, t'?
Podemos aperceber-nos agora de que este problema envolve uma concepção duracionista da persistência, pois só faz sentido no pressuposto de que a persistência no tempo é uma questão de identidade numérica entre coisas que estão inteiramente presentes em cada momento da sua existência.
Não há mal nenhum em colocar questões impregnadas de pressupostos controversos. (Só às vezes, como no exemplo célebre «Já parou de bater na sua mulher?».) Devemos é estar conscientes dos pressupostos em causa, o que nem sempre é fácil.
Não há mal nenhum em colocar questões impregnadas de pressupostos controversos. (Só às vezes, como no exemplo célebre «Já parou de bater na sua mulher?».) Devemos é estar conscientes dos pressupostos em causa, o que nem sempre é fácil.